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segunda-feira, 6 de abril de 2009

Variação linguística

DASABAFO DE UM CAIPIRA.


Pra quem acha qui o prisidente Lula num serve pra prisidente pruquê num istudô ô intão qui é mais corrupito de que os ôto.

Tem gente puraí qui si arguém preguntá pruquê qui ele vota no Gerardo Auquimi, (vosmicêis já notaro qui na pulítica se repeti até nos nome? Fernando Henrique, Fernando Gomes, Fernando Colo. Gerardo Simão, Gerardo Auquimi, Gerardo Brilha...) mas vortano, se preguntá pruquê vota no Gerardo Auquimi, num sabe dizê, num incontra as palavra pra justificá o voto. Mais em arto e bom som, dizqui num vota no prisidente Lula pruquê é corrúpito e anarfabeto. Ingraçado como tanta gente acredita in tudo qui iscuta nas propagana, nos jorná, priciparmente na televisão, e pió, credita e passa pra frente como se verdade fosse. E ói qui num é só nóis da roça não, tem muita gente istudada qui credita in tudo qui a televisão diz. Eu acho qui alí tamém tem verdade mais nóis deve de tomá cuidado pra num comprá gato pur lebre. Ói gente, quanto a corrupição, - como disse Jesus Cristo quando defendeu Maria Madalena- qui atire a premêra pedra quem num tem seus pecado. Incrusive nóis qui num semo pulítico nem nada, vorta e mêa tamo se corrompeno ou corrompeno argúem: dá um trocado pru guarda no posto fiscá, corta a fila no banco pruquê é amigo do rapaiz do caxa, o istudante cola da prova do colega!. Meu pai já dizia "num ixiste pecado grande e pecado piqueno, crime grande ô crime piqueno, uma coisa ô é, ô num é."
Pois bom, dito isso, vortemo a questão da farta de istudo, num vô ficá aqui falano do Lula. Ele, todos já conhece, uns gosta, ôtros não, paciença. Mas vô lembrá a vosmicêis uns certos prisidente qui passáro pur nosso país, todos muito letrado:

João Batista Figueredo, esse de João Batista só tinha o nome, era militar de carrêra, artamente graduado, se era assim, divia de sê muito inteligente e letrado. Mais ele mermo dizia qui gostava mais dos cavalo dele do que do povo, puraí já se tira quem era o sujeito, eu sube inté qui morreu, intão vamo dexá os morto inpaiz né?

Dispois o país si mobilizô puruma coisa qui chamava diretajá, sube qui era pra nóis pudê votá nóis mermo in quem nóis quisesse, mais ainda num foi dessa vêis. O povo ainda num votô pra prisidente, botaro lá um tar de Tancredo Neve, lá das Mina Gerais, todo mundo dizqui ia sê bom mais morreu iantes de tomá posse. Era muito inteligente tamém, sabia de um tudo, mais morreu, esse morreu mermo qui eu vi na televisão (óia aí uma verdade verdadêra da televisão!) Tem gente qui diz até qui mataro ele. Intão já qui o prisidente morreu, assumiu o vice, aquele de bigode, o Zé Sarnei, ô sarna de home num dexava a economia queta, era uns tal de pacote qui niguém guentava mais. O povo diz qui é iscritô, mais como num sei lê mermo.... Num sei lê mais sei qui argúem pra sê iscritô tem qui sê istudado, muito sabido, intão... mais um letrado. Chamô o povo pra fazê o trabaio dele, fiscalizá e controlá a infração. Mais eu num isquici, e vosmiceis será qui isquecêro onde foi pará a infração naquele tempo? Os intendido no assunto dizia até qui ixistia um tár dragão da infração, nunca vi esse bicho não, mais os preço subia, subia, e subia muito. Lembra o tanto qui a população mais os impresário sofrero quando os pacote furaro tudo e o governo teve qui discongelá os preço e o tar de ‘dragão’ vortô travez? Teve impresário qui tomo dinhero imprestado nos banco creditano num dos pacote e, quando o pacote furô somente num mês teve qui pagá juro maió qui o ano todo. Aquele um tinha um discusso bunito! Vosmiseis se alembra sempre cumeçava assim : brasileeeiros e brasileiras...!!! ele falava bem pra diabo! E como deixô o país? hein??

Adispois tivemo aquele lá das Alagoa, Fernando Colo, eu me alembro qui nóis votô nele incrusive pruquê ele dizia qui caçava os marajá ( marajá pra quem num sabe é aquele cabra qui ganha um montão de dinheiro trabaiando muito pouco, isso me alembra um certo prefeito...). Esse prisidente era um rapagão bem apanhado, bunito, gostava de isporte. O povo chama Lula de “sapo barbudo”, mas esse não, tava mais pra príncipe do que pra sapo. Conhecia até os “istrangero” tanto que fugiu pra lá. Até eu o danado inganô. Eu e mais um bucado de brasileiro. Mais tamém, era cabra forte, valente, como se diz la nas Alagoa “virado na bobônica”. O projeto de guverno dele foi muito bom. ARREBANHAR UNS MILHÃO pros cofre de sua laia. Minino muito sabido, istudô nas mió iscola. Vosmiceis ta veno? Tamém letrado. Mas esse graças a meu bom Deus os cara pintada botô pra corrê. Intão, traveis teve qui assumi o vice (já pensaro? Se a moda pega nóis ia tê qui cumeçá inscuiê o mió vice e não o mió prisidente). Foi aí qui vêi Itamá Franco, nunca achei ele cum muita franqueza não, só sei qui tamém era das Mina Gerais e muito istudado tamém, mais num gostei muito dele como prisidente não, vivia viajando, namorano minina nova... tinha um cumpade meu qui brincava cuns amigo e preguntava ”Ô gente comé qui tá o Brasil?” E arguém respondia..” Iiiiih! ta máá”, era muito ingraçado. Mais teve uma coisa qui ele fêis qui eu gostei, foi inté uma coisa importante, ( vosmicês si num gostaro pur favor mim discurpe) o prisidente Itamá Franco ressussitô o fusca. Êta coisa qui eu gostei sô!!. Nunca tive um não, o trabaio era pôco quais num tinha dinhero... mais eu achava uma lindeza aqule carrin, o capú dele me lembrava o tupete do Itamá, era assim mêi vortado de cima pra baxo. Intão, no meu intender foi o qui de mió nóis teve de herança desse ôto letrado..

E finarmente estivemo muito bem representado nos ultimo oito anos pelo professor e sociólugo Fernando Henrique. Mais sabido qui os ôto tudo. Claro que entendia os pobrema do povo, se o home é sociólugo! Gostava tanto do povo, mais tanto! qui no congresso mexeu os "pauzinho” mudou a constituição e conseguiu mais quatro ano. (será qui ele queria ficar nu guverno pra continuá sem pagá as passage pra passiá no istrangêro?) Pruquê êta home qui viajava! E pió, viajava num sei pra que, pruquê resutado eu num via não. Esse prisidente tamém foi citado num tár de dossiê, mas no tempo dele ninguém investigava, jogava o lixo pra debaxo do tapete como se diz.
Esse é aquele que viajava tanto ô mais do que o Lula, só que sempre com a cuia na mão, pidino dinhêro imprestado, deixando o Brasil debaixo dos pé do tár de FMI. Qui quando deixô o guverno a infração já vinha rebentando os cabresto. Ele é istudado mais num queria qui os ôto estudasse pruquê fiquei sabeno qui pôco dinheiro ele mandô pra educação.
Mais devo incerrá puraquí, num quero qui vosmicêis pense qui iscrivi essas linha pra ofendê ninguém. Eu apenasmente tive a intenção de tentá mostrá qui educação e curtura nem sempre qué dizê bom comportamento. A maioria dos deputado e senadô nacêro em bêço de ôro, muitos até istudaro no istrangero, e assunta só como tá a pulítica.
Vocês pode creditá ni mim, muitas das veiz a boa vontade, o querê fazê, o labutar pras coisa acunticê, é muito mais importante do que falar bunito. Intão minha gente, muito cuidado com o que se escuta por aí, não vamo se inganá mais uma vêis cum discusso bunito.
E aquí eu incerro. Num vô assiná pruquê no meu tempo num tive muitas oportunidade de istudá, intão num aprendi a iscrevê. E si eu botasse meu dedão vosmicêis num ia saber se era meu mermo! Qui nem a cara de arguns pulítico, nóis oía, óia, gosta, vota no disinfiliz e, dispôis qui si elege num é nada daquilo qui nóis achava.
Pois bom, minha graça é José Santos da Silva, mais lá na Grota do Riachão todo mundo mim chama de Zeca Santin. Um dia esse moço, Seu Migué Cirquera teve por lá, e eu pidí qui ele iscrevêsse essas linha, mais iscrevêsse do jeito qui eu falo pra num dexá durda. Pruquê o qui eu falo eu agaranto. Num sô qui nem uns e ôtro letrado lá de Brasília.





Zeca Santin

2 comentários:

  1. Muito bom.Vivemos realmente num país fantástico de homens nem tanto.

    Fabio Santana

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  2. Eita ômi qui maiz mi parece un dotô, eçe meu cumpadi Zeca Santin, diz di un tudo neçe nóçu mundão. É intindido inté na tar da pulítica. Né atôa qui dei meu premero fi prêle batizá. É u ômi maiz sabidu lá da Gróta du Riachão.

    (Iscrividu pur Jão daz Onça, fiu de Elionteru arêêru, seu criadu.)

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